quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Paralisado
Paralisado, tudo está paralisado. não está acontecendo nada: nenhuma criação, nenhuma uma revolta, nenhuma arrependimento. Falando em arrependimento, talvez ele venha posteriormente, justamente por nada ter acontecido: nenhum risco arriscado, nenhum perdão perdoado, nenhum beijo roubado, enfim.
Quando, vez ou nunca, acontece uma conversa espontânea e sem vontade de acabar, é uma raridade. Ela se torna tão preciosa que sua ida traz uma tristeza tão amarga, porque não se sabe quando acontecerá novamente, deixando aquela saudade terrível. E quando acaba... parece que as palavras se vão de uma forma como se nunca tivessem nascido. Elas partem e volta aquela brisa q paira sobre os travesseiros fundos de tanto serem usados.
O dia se despede, a noite pede as boas vindas e se congela na madrugada, onde o silêncio é tão gritante quanto as batidas de um coração que descobriu que está apaixonado.
E nada acontece.
A vida vai caminhando meio que sem propósito. Vive-se simplesmente porque está vivo.
Mas a vida é tão preciosa. Tem um valor incalculável, ou melhor, não calculável. Contudo tem-se a sensação de que ela é um fardo. É como se ela estivesse atrapalhando o caminho da morte.
Alguns chamam toda esta situação de depressão, outros, de frescura. Não se sabe qual palavra se encaixa melhor porque para toda ação existe uma reação. E a ação que causou esta triste reação é desconhecida. Provavelmente seja a primeira opção.
Pois bem, para concluir esse pensamento nada criativo e forçadamente criado, vale lembrar que tudo isso vai passar. Que o tempo se encarregue de cuidar desse destino tão sem graça.
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